Informações pessoais | |||||||||||
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Nome completo | Lionel Andrés Messi[1] | ||||||||||
Data de nasc. | 24 de junho de 1987 (23 anos) | ||||||||||
Local de nasc. | Rosário, Argentina | ||||||||||
Nacionalidade | Argentina (outras: Espanha)[2] |
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Altura | 1,69 m[1] | ||||||||||
Peso | 67 kg[1] | ||||||||||
Pé | Canhoto | ||||||||||
Apelido | Leo,[1]El Nuevo Maradona,[3] Pulga, Messias | ||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||
Clube atual | Barcelona | ||||||||||
Número | 10 | ||||||||||
Posição | Atacante | ||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||
1995–2000 2000–2004 |
Newell's Old Boys Barcelona |
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Clubes profissionais1 | |||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||
2004–2005 2004– |
Barcelona B Barcelona |
164 (112) |
5 (0)|||||||||
Seleção nacional3 | |||||||||||
2005 2008 2005– |
Argentina Sub-20 Argentina Olímpica Argentina |
5 (2) 54 (16) |
7 (6)|||||||||
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Lionel Andrés Messi (Rosário, 24 de junho de 1987) é um futebolista argentino que atua como atacante ou meia. Atualmente, joga pelo Barcelona e na seleção de seu país, tendo conquistado a Bola de Ouro e o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA do ano de 2009, além da Bola de Ouro da FIFA de 2010.
Índice[esconder] |
Filho de Jorge Messi e Celia Cuccittini,[4] desde criança demonstrava grande apego à bola, a ponto de negar-se a ir às compras com a família quando não lhe deixavam levar alguma bola.[4] Daria seus primeiros passos nas categorias mais pequenas do Abanderado Grandoli, um pequeno clube onde os outros membros da família já haviam jogado [4] - o endereço era a quinze quadras da casa dos Messi.[4] Entrou para a equipe após ser chamado pelo velho treinador para completar o time para uma partida. Tinha apenas quatro anos.[4]
Posteriormente, seu pai, Jorge, seria seu treinador na categoria baby do Grandoli.[4] Lionel conseguia se sobressair com garotos de até sete anos.[4] No entanto, o garoto não duraria muito tempo na equipe: os pais o tiraram do clube após não lhes deixarem acompanhar um jogo do filho por falta de dinheiro para pagar os ingressos.[4] Quando completou sete anos, ingressou então nas divisões menores do clube do coração, o Newell's Old Boys.[4] Ainda assim, não se contentava em jogar na Lepra, jogando regularmente futebol na rua da casa ao lado dos irmãos mais velhos Matías e Rodrigo Messi e dos primos maternos Emanuel e Maxi Biancucchi[4] Lionel àquela altura conseguia jogar contra adversários de dezoito anos.[4]
Porém, com onze anos detectou-se um problema hormonal que retardava o desenvolvimento ósseo de Messi e, consequentemente, seu crescimento.[5][4] Por um ano e meio, o tratamento de 900 dólares mensais,[4] que consistia em injeções alternadas em cada perna toda noite, foi custeado pela fundação onde seu pai trabalhava, até que a fonte secou.[4] Como o Newell's não quis custear a continuação do tratamento, o pai ofereceu o filho ao River Plate.[4][5] O interesse do clube da capital fez com que o Newell's voltasse atrás, mas de forma insuficiente, oferecendo duzentos pesos ao mês.[4]
O pai, então, resolveu apostar a sorte no exterior, também para poupar a família dos efeitos da crise econômica que ocorria na Argentina.[4] Uma prima da mãe de Jorge Messi vivia em Lérida, na Catalunha, e acolheu os Messi. Lionel passou a ser observado por um olheiro do Barcelona,[4] que o recomendou para testes no clube. Com treze anos e 1,40 de altura, conseguiu se sair bem contra garotos dois anos mais velhos. Recebeu o apoio de Josep María Minguella, o mesmo homem que trouxera Diego Maradona ao Barça, mas o presidente Joan Gaspart e o diretor desportivo Carles Rexach hesitavam em adquirir o jovem, uma vez que teria de custear as despesas não só do tratamento, mas também da mudança familiar.[4]
O Barcelona só se convenceu após Rexach observar Messi, que estava no Infantil B, jogar pelo Infantil A contra uma equipe de jogadores bem mais velhos. Além de pagar pelo tratamento e pela mudança da família de Messi, o Barcelona também contrataria Jorge para ser informante.[4]
Eu o contratei em 30 segundos! Ele me chamou muita atenção. Em meus 40 anos de futebol, jamais havia visto coisa semelhante. De cinco situações de gol, converteu quatro. E tem uma habilidade excepcional. Me lembrou o melhor Maradona. Seu primeiro contrato eu assinei, simbolicamente, em um guardanapo. Queria contratá-lo o quanto antes. Não podia deixá-lo escapar.[5] | — Carles Rexach, sobre Messi
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Ainda assim, o começo foi difícil. Um tratamento mais intensivo (e caro) precisou ser feito.[4] O Newell's negou-se a enviar a documentação necessária para o Barcelona, precisando-se de intervenção da FIFA em favor da permanência do garoto de 14 anos no clube catalão, uma vez que um jovem de sua idade necessitava estar ao lado do pai, oficialmente informante do Barcelona.[4] Com a família radicada na Espanha, cresceu 30 centímetros em trinta meses.[4]
No novo país, seria "rebatizado" de Leonel Messi, daí surgindo o apelido Leo.[4] Na temporada juvenil de 2002/03, marcou 37 vezes em 30 partidas e passou a ser conhecido pelos jogadores da equipe principal, criando boa relação com os brasileiros Fábio Rochemback, Thiago Motta e, principalmente, Ronaldinho Gaúcho, que lhe apresentaria como "seu irmão mais novo",[4] e com seus compatriotas Juan Román Riquelme e Javier Saviola.[4] Ainda sem ter estreado entre os profissionais, já era disputado pelas seleções juniores de Argentina e Espanha.[4] Arsène Wenger, técnico do Arsenal, conhecido por garimpar jovens e desconhecidos jogadores, chegou a convidá-lo para jogar na equipe inglesa, que na mesma época tirara Cesc Fàbregas das mesmas categorias do Barcelona,[4] que imediatamente prorrogou o contrato de Messi até 2012.[4]
Messi foi integrado ao time principal na temporada 2003-2004, com apenas dezesseis anos, debutando em um amistoso contra o Porto, na inauguração do Estádio do Dragão, em 16 de novembro de 2003. O primeiro jogo oficial, porém, viria quase um ano depois, na temporada seguinte. Foi no clássico contra o Espanyol, em 16 de outubro de 2004.[4] Tornou-se na época o mais jovem jogador do time em partidas oficiais, tanto pelo futebol espanhol quanto pela Liga dos Campeões da UEFA [4] - marcas que posteriormente seriam batidas por Bojan Krkić, em 2007. O primeiro gol viria contra o Albacete, já na temporada seguinte, em 1º de maio de 2005.[4]
Até então, Messi era desconhecido do público argentino,[4] mesmo já descoberto pela mídia de seu país natal: um jornalista da revista El Gráfico, que preparava uma reportagem sobre talentos precoces da América do Sul levados pelos europeus, impressionou-se com depoimentos sobre Messi, o que o levou a entrar em contato com Rexach.[5] Após descrença por parte da revista, cansada de "novos Maradonas" que não vingavam, o repórter conseguiu que o pai de Messi enviasse vídeos do filho, que finalmente convenceram a redação, logo publicando uma nota sobre o jovem,[5] ainda em 2003, onde Rexach previa que em dois anos o garoto já seria uma superestrela mundial.[4]
Depois de artilheiro, melhor jogador e campeão do Campeonato Mundial de Futebol Sub-20 de 2005, ganhou mais espaço no Barcelona, que renovaria mais uma vez seu contrato, até 2014. Na temporada 2005-06, conseguiu lugar cativo entre os titulares da campanha que resultaria no bicampeonato espanhol e na segunda Liga dos Campeões do clube. Todavia, não pôde atuar na decisão continental em virtude de uma lesão nas quartas-de-final, contra o Chelsea, após levar uma pancada de Asier del Horno.[4] Em Junho de 2005 renovou seu contrato com o Barça até o ano de 2014. Antes uma estrela coadjuvante de seu ídolo Ronaldinho Gaúcho, foi aos poucos tomando o lugar deste, conforme decaía, após um longo período em que o brasileiro foi considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA.
Na temporada 2008-09, assumiu definitivamente o posto de principal astro dos blaugranas, ao conduzir o time a uma inédita "Tríplice Coroa" (Copa do Rei, La Liga e Liga dos Campeões). Com vários gols e lances geniais, alcançou inclusive a artilharia da Champions League com nove gols marcados, um deles na grande final, vencida por 2-0 contra o Manchester United, em partida considerada por muitos um "tira-teima", já que pôs frente à frente os dois principais jogadores do mundo no momento: Messi e Cristiano Ronaldo.
Em 30 de novembro de 2009 venceu o prêmio Ballon d'Or, entregue pela revista francesa France Football ao melhor jogador da última temporada. Em 19 de dezembro de 2009 o Barcelona foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA. Na grande final contra o Estudiantes, da Argentina, o Barcelona ganhou na prorrogação com o gol de peito de Messi aos cinco minutos do segundo tempo, e o jogo terminou com a vitória do Barça por 2-1, dando pela primeira vez o título mundial de clubes à equipe catalã.[6] Após a partida, Messi foi eleito o craque do torneio.[7].
No dia 21 de dezembro de 2009 Messi foi eleito o Melhor jogador do mundo pela FIFA, à frente do português Cristiano Ronaldo, do brasileiro Kaká e dos espanhóis Xavi e Iniesta.[8]
Já em 2010, no dia 16 de janeiro, marcou seu 100º gol pelo Barcelona, aos 85 minutos de jogo, na vitória por 4-0 sobre o Sevilla. Ainda nesta mesma partida, logo em seguida, marcou o de número 101, fechando a goleada.
No dia 10 de janeiro de 2011, foi eleito novamente o melhor jogador do mundo pela FIFA, vencendo seus companheiros Xavi Hernández e Andrés Iniesta, ambos da Seleção Espanhola de Futebol. Havia uma grande discussão, já que Xavi e Iniesta haviam vencido a Copa do Mundo FIFA de 2010, e cogitava-se que o fato do torneio também ser organizado pela entidade máxima do futebol poderia pesar na decisão final da entrega do prêmio. Apesar disto, Messi foi o vencedor do prêmio pela segunda vez.
Em 2005, após a primeira matéria sobre Messi na El Gráfico, foi imediatamente convocado para a seleção argentina Sub-20, para acabar de vez com as intenções da Espanha de naturalizá-lo.[5] No Campeonato Mundial de Futebol Sub-20 de 2005 não só foi campeão como também se tornou artilheiro com seis gols, e foi eleito o melhor jogador do torneio. Além disso, conquistou uma vitória sobre o Brasil nas semifinais.
Foi convocado por José Pekerman para a disputa da Copa do Mundo FIFA de 2006, realizada na Alemanha. Com 18 anos e 357 dias de idade, tornou-se o quinto jogador mais jovem a marcar um gol numa Copa do Mundo, ao marcar o último da goleada por 6-0 sobre a Sérvia e Montenegro. Entretanto, passaria a maior parte da competição no banco.
No ano seguinte, liderou a Argentina em sua campanha até a final da Copa América de 2007. O país, mesmo favorito, perderia a final para o Brasil, seu maior rival, por 3-0. Contra os brasileiros, já havia sofrido derrota pelo mesmo placar num amistoso em 2006, após a Copa de 2006. Conseguiu ter sua vingança nas Olimpíadas de 2008, em que os albicelestes venceram também por 3-0 nas semifinais, e terminaram o torneio com a medalha de ouro.
Outro momento memorável contra os rivais deu-se no mesmo ano, nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010, sendo aplaudido pela torcida brasileira no 0-0 entre as duas seleções, em jogo realizado no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
Entretanto, na mesma temporada em que se consagraria no Barcelona com a "tríplice coroa", passou a ter atuações aquém do esperado na seleção, sendo bastante criticado pela mídia argentina.
Leo foi convocado para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O craque argentino não marcou nenhum gol, mas mandou na trave e concorreu ao prêmio de "melhor jogador", que foi entregue a Diego Forlán do Uruguai.
Tem sido cada vez mais frequentes as comparações ao que é considerado a maior lenda do futebol argentino, não só pela forma explosiva de jogar, mas também pelos gols parecidos com os de Maradona que tem marcado ao serviço do Barça.
Um deles, contra o Getafe, lembrou o gol mais famoso do Pibe, contra a Inglaterra, na Copa do Mundo FIFA de 1986, driblando vários adversários em aceleração, inclusive o goleiro, e finalizando com um toque sutil para o fundo das redes. Messi também faria o seu gol de mão contra o Espanyol, da mesma forma que Maradona fizera também contra os ingleses.
Assim como Maradona, Messi também tem baixa estatura e é canhoto, além de ambos terem passado pelo Newell's Old Boys e pelo Barcelona ao longo de suas carreiras.